Por ser a palavra com mais funções, é preciso moderação para não tornar o texto áspero | |
Quanto às funções sintáticas, pode ser sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo do sujeito, adjunto adverbial, complemento nominal e agente da passiva. Palavra polivalente, portanto. Mas os autores cuidadosos evitam usá-lo, na mesma frase, pois o excesso de "quês" tende a tornar o texto duro e desarmonioso. Gustave Flaubert (1821-1880), por exemplo, autor de Madame Bovary, torturava-se por horas, às vezes dias, eliminando "quês", ecos, dissonâncias e palavras repetidas um tanto próximas. O fato é que, quando se atravessa um texto com muitos "quês", tem-se a impressão de rodar numa carroça em paralelepípedos desalinhados. Há exemplos em algumas frases propositadamente "quesudas" mais abaixo. Convém lembrar que "que" usado isoladamente ou no fim da frase é acentuado, o que demonstra a pronúncia fechada do e e a tonicidade assumida por essa vogal em tais posições: A ministra tem medo de quê? É acentuado também o nome da letra: O quê é a décima sétima letra do nosso alfabeto. http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11858 |
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domingo, 6 de dezembro de 2009
As muitas faces do "quê"
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