Resumo
Este artigo foi feito como uma tentativa de descobrir uma proposta mais coerente para o ensino de gramática da língua materna já que é possível apontar falhas nesse material didático disponível.
Este estudo surgiu a partir do clima de descontentamento reinante nas aulas de português, onde o professor não está conseguindo uma interação entre o aluno e a gramática, de forma que o ensino seja pertinente para a vida deles.
Introdução
Ensinar a língua materna e gramática nas aulas de português tem sido um grande problema, nas escolas de 1º e 2º graus deste país, onde professores parecem insatisfeitos pelas constantes e reiteradas críticas ao ensino, e os alunos não compreendem os reais objetivos do ensino de língua materna que são: desenvolver competências comunicativa, textual e gramatical.
É a partir desse cenário que pretendemos desenvolver este estudo.
Este artigo se justifica pela importância de uma reflexão sobre o verdadeiro propósito do ensino de português, e levando assim a propostas mais coerentes.
O mesmo tem como objetivo:
_Refletir sobre o ensino de língua materna,
_Reconhecer as competências que o professor precisa desenvolver em seus alunos.
_Apontar as falhas do material normativo.
_Propor soluções para o ensino de gramática.
Para realizar esse trabalho, primeiramente fizemos leituras seguidas de uma reflexão sobre o texto, para assim podermos construir o artigo aqui apresentado.
Este trabalho passou pelas seguintes etapas até chegarmos a este artigo.
_ Primeiramente discutimos o verdadeiro fim das aulas de português, comparando assim a realidade do ensino de gramática, debatendo com os objetivos do ensino de língua materna, descobrindo assim as falhas da gramática normativa que implicam na competência gramatical normativa que leva a uma incoerência teórica e artificialismo linguístico e a um normativismo sem controle, podendo assim chegar a propostas para um trabalho mais coerente de ensino de gramática.
Para conseguirmos atingir os objetivos desta proposta apóiam-nos em autores que se dedicaram a esse estudo são eles: Neves (1991),Travaglia(1984),Perine(2001,1989,1999),Bagno(20003).
Porque e como ensinar gramática da língua materna?
As aulas de português tem representado um grande problema por falhas no ensino de gramática, tanto nas escolas de ensino médio como fundamental, por isso se julga necessário um estudo onde se descubra soluções para este problema.
Têm-se objetivos ao dar uma aula de português, mesmo que os alunos sejam nativos do português os objetivos são:
_Competência comunicativa, que implicam em ajudar na capacidade do usuário em empregar adequadamente a língua nas diversas situações de comunicação.
_Competência gramatical é quando o usuário com base nas regras da língua gera um número infinito de frases gramaticais. As dificuldades em trabalhar essa competência são pelas falhas da gramática normativa que é incoerência, artificialismo, normativismo.
_Competência textual é a capacidade de produzir e compreender um numero de textos considerados bem formados, usando as capacidades textuais básicas.
_Competência formativa, possibilita os usuários da língua, produzir e compreender textos avaliando a boa ou má formação, ou seja a capacidade de dizer se uma sequência linguística é ou não um texto.
_Competência qualificativa , que possibilita aos usuários da língua dizer que tipo de texto é.
O ensino de gramática nas escolas de ensino fundamental e médio no Brasil tem sido primordialmente prescritivo, apegando-se a regras de gramática normativa que são estabelecidas de acordo com a tradução literária clássica, de onde é tirada a maioria dos exemplos que são repetidos ano após ano como sendo corretos e bons. Há também nas aulas uma ausência quase total de produção e compreensão de textos. Existe também uma concentração muito grande no uso de metalinguagem no ensino de gramática teórica que caracteriza um ensino descritivo.
O professor gasta 80% do tempo das aulas com ensino de teoria gramatical. As aulas de português continuam as mesmas centrada no estudo da gramática.
Perine (1995) defende a idéia de que o ensino normativo não é um mal em si, mas que tem sido aplicado de maneira prejudicial aos alunos.
Os manuais de gramática normativa contém normas de bom uso , no sentido de utilizar a língua apenas em sua variedade culta, padrão. Tais normas são baseadas no uso consagrado pelos bons escritores e portanto ignoram as características propias da língua oral e as variedades da língua com base em fatores não estritamente linguísticos, a gramática não deveria ser um instrumento de ensino normativo onde tem sido desastrosa.
Isso não quer dizer que o ensino normativo deva ser suprimido. É preciso colocá-lo em termos mais realistas, não é confrontar um “português certo e um português errado.” Trata-se de defender a idéia de que a cada situação corresponde uma variedade distinta da língua. É necessário ensinar o português padrão com muita cautela com toda a diplomacia, deixando claras as variedades coloquiais.
A gramática tradicional tem três grandes falhas que são: uma inconsistência teórica e falta de coerência interna, seu caráter predominantemente normativo e o enfoque centrado em uma variedade da língua a escrita excluindo todas as outras variantes. Só teremos uma gramática satisfatória com base para o ensino quando os três estiverem repensados.
O objetivo do ensino de gramática é que o aluno domine a língua, para ter uma competência comunicativa de como construir um texto oral e escrito. Aprender a língua implica sempre reflexão sobre a linguagem formulação de hipóteses, sobre a constituição e funcionamento da língua, faz-se necessário elaborar propostas para o ensino de gramática, que segundo Travaglia (2002) é:
Propõe-se que o ensino de gramática seja basicamente voltado para uma gramática de uso e para uma gramática reflexiva, com o auxilio de um pouco de gramática teórica e normativa, mas tendo sempre em mente a questão da interação numa situação especifica de comunicação e ainda o que faz da seqüência lingüística um texto que é exatamente a possibilidade de estabelecer um efeito de sentido, uma unidade de sentido para o texto como um todo (pg108,cap8)
Tendo em vista os tipos de gramática e as orientações existentes no ensino de gramática, ao ensinar gramática trabalha-se sempre com quatro formas de focalizá-la no ensino: Uma gramática de uso, uma gramática reflexiva, uma gramática teórica,uma gramática normativa.
No caso de gramática de uso, desenvolve-se um trabalho que se liga mais ao conhecimento da língua e, no caso das gramáticas reflexiva e teórica, com um trabalho voltado para o conhecimento sobre a língua.
Embora a proposta tenha separado os quatro tipos de ensino de gramática, será fácil perceber que: a gramática da língua é uma coisa só. Consequentemente cada tipo de atividade no ensino de gramática, é na verdade apenas uma forma de chegar até essa gramática da língua com o aluno, por isso mesmo, com frequência, seremos obrigados a usar simultaneamente mais de um desses tipos de trabalho com a gramática da língua, e finalmente que a reflexão, sobre os fatos da língua é condição básica para o domínio e uso da mesma.
Estes são exemplos do que se pode discutir com os alunos em atividades para ensinar gramática que representa uma tentativa de melhorar nas aulas de português de nossas escolas.
Cabe ao professor, portanto, desenvolver as competências linguísticas do aluno, pensando sempre que o conhecimento não pode ser estanque nem tampouco obsoleto. O ensino da Língua Portuguesa não deve desenvolver no aluno somente a capacidade de compreensão, mas como também, aguçar neles a vontade de produzir e difundir ideias.
Conclusão
Ao terminar este trabalho, eu como professora de português, passei a ver a gramática como algo mais amplo, que não deve ser imposto aos alunos como uma regra que não pode ser mudada de nenhuma forma.
Espera-se aqui ter atingido os objetivos colocados para a elaboração deste artigo, foi cansativo mas acima de tudo um estudo muito gratificante, sendo assim um ótimo material de enriquecimento para nossa formação.
Referencias bibliográfica
CARVALHO Eliete. Ensinar ou não gramática? Disponível em http://br.geocities.com/elietecarvalho20/enino_de_gramática.htm.Acesso em 09 de abril de 2008.
VIEIRA Débora. O que é ensinar português? Disponível em http://www.portugues.com.br/art7.htm.Acesso em 09 de abril de 2008.
Este artigo foi feito como uma tentativa de descobrir uma proposta mais coerente para o ensino de gramática da língua materna já que é possível apontar falhas nesse material didático disponível.
Este estudo surgiu a partir do clima de descontentamento reinante nas aulas de português, onde o professor não está conseguindo uma interação entre o aluno e a gramática, de forma que o ensino seja pertinente para a vida deles.
Introdução
Ensinar a língua materna e gramática nas aulas de português tem sido um grande problema, nas escolas de 1º e 2º graus deste país, onde professores parecem insatisfeitos pelas constantes e reiteradas críticas ao ensino, e os alunos não compreendem os reais objetivos do ensino de língua materna que são: desenvolver competências comunicativa, textual e gramatical.
É a partir desse cenário que pretendemos desenvolver este estudo.
Este artigo se justifica pela importância de uma reflexão sobre o verdadeiro propósito do ensino de português, e levando assim a propostas mais coerentes.
O mesmo tem como objetivo:
_Refletir sobre o ensino de língua materna,
_Reconhecer as competências que o professor precisa desenvolver em seus alunos.
_Apontar as falhas do material normativo.
_Propor soluções para o ensino de gramática.
Para realizar esse trabalho, primeiramente fizemos leituras seguidas de uma reflexão sobre o texto, para assim podermos construir o artigo aqui apresentado.
Este trabalho passou pelas seguintes etapas até chegarmos a este artigo.
_ Primeiramente discutimos o verdadeiro fim das aulas de português, comparando assim a realidade do ensino de gramática, debatendo com os objetivos do ensino de língua materna, descobrindo assim as falhas da gramática normativa que implicam na competência gramatical normativa que leva a uma incoerência teórica e artificialismo linguístico e a um normativismo sem controle, podendo assim chegar a propostas para um trabalho mais coerente de ensino de gramática.
Para conseguirmos atingir os objetivos desta proposta apóiam-nos em autores que se dedicaram a esse estudo são eles: Neves (1991),Travaglia(1984),Perine(2001,1989,1999),Bagno(20003).
Porque e como ensinar gramática da língua materna?
As aulas de português tem representado um grande problema por falhas no ensino de gramática, tanto nas escolas de ensino médio como fundamental, por isso se julga necessário um estudo onde se descubra soluções para este problema.
Têm-se objetivos ao dar uma aula de português, mesmo que os alunos sejam nativos do português os objetivos são:
_Competência comunicativa, que implicam em ajudar na capacidade do usuário em empregar adequadamente a língua nas diversas situações de comunicação.
_Competência gramatical é quando o usuário com base nas regras da língua gera um número infinito de frases gramaticais. As dificuldades em trabalhar essa competência são pelas falhas da gramática normativa que é incoerência, artificialismo, normativismo.
_Competência textual é a capacidade de produzir e compreender um numero de textos considerados bem formados, usando as capacidades textuais básicas.
_Competência formativa, possibilita os usuários da língua, produzir e compreender textos avaliando a boa ou má formação, ou seja a capacidade de dizer se uma sequência linguística é ou não um texto.
_Competência qualificativa , que possibilita aos usuários da língua dizer que tipo de texto é.
O ensino de gramática nas escolas de ensino fundamental e médio no Brasil tem sido primordialmente prescritivo, apegando-se a regras de gramática normativa que são estabelecidas de acordo com a tradução literária clássica, de onde é tirada a maioria dos exemplos que são repetidos ano após ano como sendo corretos e bons. Há também nas aulas uma ausência quase total de produção e compreensão de textos. Existe também uma concentração muito grande no uso de metalinguagem no ensino de gramática teórica que caracteriza um ensino descritivo.
O professor gasta 80% do tempo das aulas com ensino de teoria gramatical. As aulas de português continuam as mesmas centrada no estudo da gramática.
Perine (1995) defende a idéia de que o ensino normativo não é um mal em si, mas que tem sido aplicado de maneira prejudicial aos alunos.
Os manuais de gramática normativa contém normas de bom uso , no sentido de utilizar a língua apenas em sua variedade culta, padrão. Tais normas são baseadas no uso consagrado pelos bons escritores e portanto ignoram as características propias da língua oral e as variedades da língua com base em fatores não estritamente linguísticos, a gramática não deveria ser um instrumento de ensino normativo onde tem sido desastrosa.
Isso não quer dizer que o ensino normativo deva ser suprimido. É preciso colocá-lo em termos mais realistas, não é confrontar um “português certo e um português errado.” Trata-se de defender a idéia de que a cada situação corresponde uma variedade distinta da língua. É necessário ensinar o português padrão com muita cautela com toda a diplomacia, deixando claras as variedades coloquiais.
A gramática tradicional tem três grandes falhas que são: uma inconsistência teórica e falta de coerência interna, seu caráter predominantemente normativo e o enfoque centrado em uma variedade da língua a escrita excluindo todas as outras variantes. Só teremos uma gramática satisfatória com base para o ensino quando os três estiverem repensados.
O objetivo do ensino de gramática é que o aluno domine a língua, para ter uma competência comunicativa de como construir um texto oral e escrito. Aprender a língua implica sempre reflexão sobre a linguagem formulação de hipóteses, sobre a constituição e funcionamento da língua, faz-se necessário elaborar propostas para o ensino de gramática, que segundo Travaglia (2002) é:
Propõe-se que o ensino de gramática seja basicamente voltado para uma gramática de uso e para uma gramática reflexiva, com o auxilio de um pouco de gramática teórica e normativa, mas tendo sempre em mente a questão da interação numa situação especifica de comunicação e ainda o que faz da seqüência lingüística um texto que é exatamente a possibilidade de estabelecer um efeito de sentido, uma unidade de sentido para o texto como um todo (pg108,cap8)
Tendo em vista os tipos de gramática e as orientações existentes no ensino de gramática, ao ensinar gramática trabalha-se sempre com quatro formas de focalizá-la no ensino: Uma gramática de uso, uma gramática reflexiva, uma gramática teórica,uma gramática normativa.
No caso de gramática de uso, desenvolve-se um trabalho que se liga mais ao conhecimento da língua e, no caso das gramáticas reflexiva e teórica, com um trabalho voltado para o conhecimento sobre a língua.
Embora a proposta tenha separado os quatro tipos de ensino de gramática, será fácil perceber que: a gramática da língua é uma coisa só. Consequentemente cada tipo de atividade no ensino de gramática, é na verdade apenas uma forma de chegar até essa gramática da língua com o aluno, por isso mesmo, com frequência, seremos obrigados a usar simultaneamente mais de um desses tipos de trabalho com a gramática da língua, e finalmente que a reflexão, sobre os fatos da língua é condição básica para o domínio e uso da mesma.
Estes são exemplos do que se pode discutir com os alunos em atividades para ensinar gramática que representa uma tentativa de melhorar nas aulas de português de nossas escolas.
Cabe ao professor, portanto, desenvolver as competências linguísticas do aluno, pensando sempre que o conhecimento não pode ser estanque nem tampouco obsoleto. O ensino da Língua Portuguesa não deve desenvolver no aluno somente a capacidade de compreensão, mas como também, aguçar neles a vontade de produzir e difundir ideias.
Conclusão
Ao terminar este trabalho, eu como professora de português, passei a ver a gramática como algo mais amplo, que não deve ser imposto aos alunos como uma regra que não pode ser mudada de nenhuma forma.
Espera-se aqui ter atingido os objetivos colocados para a elaboração deste artigo, foi cansativo mas acima de tudo um estudo muito gratificante, sendo assim um ótimo material de enriquecimento para nossa formação.
Referencias bibliográfica
CARVALHO Eliete. Ensinar ou não gramática? Disponível em http://br.geocities.com/elietecarvalho20/enino_de_gramática.htm.Acesso em 09 de abril de 2008.
VIEIRA Débora. O que é ensinar português? Disponível em http://www.portugues.com.br/art7.htm.Acesso em 09 de abril de 2008.
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